terça-feira, 16 de outubro de 2007

Até que a felicidade os separe- Enides Rodrigues Martins




a familia jamais se divorciaram. por que é difícil acreditar. Como isso soa estranho, não é o tipo de notícia que se ouve todos os dias. De certa forma existe ainda em nossas mentes algo que não consegue aceitar que avós podem se separar. A entidade “avós” resiste no imaginário como uma união inseparável e inquebrantável. Avós divorciados e geladeiras vermelhas, algumas coisas simplesmente não combinam.
Mas pais que se divorciaram, amigos que se divorciaram, parentes que se divorciaram, isso sim soa plausível. Não causa espanto algum. Aliás, ninguém mais escreve sobre isso, já é um assunto old fashion. Parece que o nível de tolerância e compreensão para fracassos matrimoniais é muito mais alto para as gerações atuais. O verdadeiro amor não se conhece por aquilo que exige, mas por aquilo que oferece.(Jacinto Benavente)
Hoje os casais se conhecem, se testam, se escolhem mais livremente, mas seus casamentos não duram mais do que algumas viagens, alguns passeios e algumas dezenas de meses. Ao que tudo indica o modelo tradicional do casamento, ou o que já foi tradicional, escondia uma enorme sabedoria diante do sentido da vida do casal que precisamos aprender a reconsiderar. Por detrás deste antigo fato de não se escolher com quem casar (pelo menos por parte dos noivos) vemos surgir a eloquência de um pensamento interessante: não se casa para ser feliz. Sim. Parece chocante, mas nada é mais verdadeiro. Basta pensar que o casamento é uma instituição de direito natural do homem voltada para a criação e a manutenção da família. Essa é a sua razão de ser. Ela existe antes de Holywood, antes do romantismo, antes mesmo do Estado, e parte da necessidade da procriação do ser humano e não do “direito de ser feliz”. Necessitamos de um ambiente de confiança e intimidade, onde não entre a competição e a disputa, onde cada um conduza o outro a felicidade, mesmo que à sua maneira, e onde não entre a possibilidade de ruptura. Uma idéia que contraria a dignidade humana, que faz do outro o seu direito de satisfação, que subjuga-nos no patamar de coisa que possa ser usurpado.
Essa maneira de enxergar o casamento pouco tem de atrativa, de sedutora, mas talvez seja a única razoável e sincera o bastante para pelo menos diminuir a frustração e a desilusão que esta geração está enfrentando. Talvez ela faça com que muita gente pense em não se casar, mas quem sabe essa não seja precisamente uma parte da solução? A fundação de uma família não precisa de casais carentes que buscam desesperadamente um preenchimento do vazio de suas vidas, que desejam incentivos fiscais, aceitação social, desconto em planos de saúde etc, mas de pessoas preparadas para os desafios que a sociedade de consumo impõem a quem deseja construir uma pequena comunidade de fraternidade, de respeito mútuo, de valores e de virtudes humanas, maiores e mais nobres do que o desejo de satisfação própria, muito natural, mas convenhamos, muito egoísta. Se é verdade que quanto maior a luta, mais recompensador é a vitória, então como valherá a pena decider-se todo o dia pelo casamento e pela família.Por isso nos acreditamos que família é a fonte emergente dos valores do homem e se ela adoece, a sociedade sucumbe.. eu sou forte eu acredito nisso quero sou brasiliera , quero que minhas filhas pense assim glener e gildenye meus netos Isadora e Pedro Henrique..Amor sob medida e amor sem limites.É possível dar mais quando já se está dando o melhor?", "para quem ama, não se deve dar o melhor, é preciso dar tudo."